Sapientia et Fortitudo

Sapientia et Fortitudo
Ecce Homo

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Doce Voz

Apaixonar-se por uma música
Som que invade teus sonhos
Penetra em teu corpo
Incorpora teus poros e os fazem arrepiar
A melodia que derruba conceitos
Abre caminhos interditados pelo passado
E quebrando o silêncio interno
Te une com a vida
Lhe permite sentir o mundo
Sentir a brisa, a voz
Enlouquecer... Amar
Agarrar a alma pelos braços
E dançar, simplesmente dançar
Onde quer que esteja
Sem notar sorrisos ou lágrimas
Aplausos ou sussurros
Apoderar-se do breve momento do agora
Instante infinito de ternura individual
Estar só, completamente só
E ouvir o doce timbre da canção.

[LArs]

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Linha vazia

Nossos diálogos em branco
A expressão nula de cada palavra não dita
Palavras caladas
Sorrisos quietos
O desejo de te ouvir
Vontade de gritar
Escrever, só por um instante, escrever
Porém a próxima linha permanece vazia
Sem letras de forma
Sem uma letra qualquer
Sem riscos, rabiscos
Sem contorno algum
Intacta
Muda
Não há pontos nem pingos
Não há vírgulas, nem vozes
Permanece em branco
Vazia
Sem sonhos, sem vida
Sem você

[Lars]