Não quero limites. Sou uma experiência silenciosa, uma multidão de palavras quietas embaralhadas no nada. Frases mudas que causarão danos irreversíveis dentro de vocês. LArs
Sapientia et Fortitudo

Ecce Homo
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
O eu vazio de mim
Não me adaptei à esta existência, o vácuo social está por todo lugar, espalhado bem diante dos olhos daqueles que querem ver o que é, ou, poderia vir a ser a verdade do que é real. Então porquê existir? Qual a finalidade de prolongar a dor de mim por décadas e décadas? Vejo um mundo infestado de almas perdidas, frias e vazias, e sou o reflexo perfeito das sombras de todas essas almas intranquilas. A sociedade me adoeceu. Vírus e febres sociais. Epidemias lisérgicas sem cura. O materialismo complexo, a miséria proliferada e o consumo desnecessário espalhado em todos os becos. Alcoolismo e esgotos. Ratos bêbados e humanos sujos. Vazia espécie que se mata por dinheiro. Mísseis de sangue, tiros de lágrimas e uma imensidão vazia de cadáveres. Restos e rostos fuzilados, ruídos e gritos desesperados: Deus!Deus!Deus! O senhor dos fracassos humanos. Doentia sociedade que me contaminou. Que contamina. Que repassa sua insignificante existência adiante sem ao menos saber o porque. Poços de petróleo purificam as almas do Ocidente. No Oriente as almas estão em chamas.Ardem em brasas. Torram. Demasiadas almas humanas. O eu vazio de mim se desespera. Vejo meu reflexo sendo perseguido no espelho pelos tiros de canhões. Desvio da vida e encontro a mais bela das criaturas. De roupas longas, cabelo preto e pele suave. Mãos delicadas e pintadas de silêncio. O meu eu cala-se, e quando todas as palavras de um homem se tornam mudas, o teu coração se torna vazio.
LArs Cameschi
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